A noite foi divertidíssima mas quase como se passeasse num jardim de estranhos hábitos que não reconheço. Agora canta-se muito mais que antes por exemplo, as raparigas gritam canções de ataque em que mandam os homens à fava, e os homens cantam as coisas que aprendem possivelmente na tuna. Quando damos por isso tá metade da minha turma gritando 'O Serviço manda aqui' e os homens 'e quem não-salta é não sei o quê'... ver uma data de marmanjos suados e bêbados a fazer aquela figura é assustador, mas não deixa de apimentar a noite, pelo menos para os que saem comigo que se divertem imenso com a minha expressão facial enquanto observo. E digo mais... para os que pensam que observam criticando enganam-se, tento ao máximo abstrair-me e entender este fenómeno universitário que esta a alcançar cada vez mais adeptos, o de gritar e pular nos bares. Porque será que se expande até aos locais de divertimento o que seria típico de uma claque? Isto intriga-me, principalmente porque pensava que o interesse maior da noite, para muitos, era a conquista, e vejo que, de certo, padrões de conquista mudaram, porque deve haver quem ache sexy estas manifestações de força bruta, por parte dos homens e histerismo por parte das mulheres!
sexta-feira, janeiro 11, 2008
Mais saídas à Noite...
A noite foi divertidíssima mas quase como se passeasse num jardim de estranhos hábitos que não reconheço. Agora canta-se muito mais que antes por exemplo, as raparigas gritam canções de ataque em que mandam os homens à fava, e os homens cantam as coisas que aprendem possivelmente na tuna. Quando damos por isso tá metade da minha turma gritando 'O Serviço manda aqui' e os homens 'e quem não-salta é não sei o quê'... ver uma data de marmanjos suados e bêbados a fazer aquela figura é assustador, mas não deixa de apimentar a noite, pelo menos para os que saem comigo que se divertem imenso com a minha expressão facial enquanto observo. E digo mais... para os que pensam que observam criticando enganam-se, tento ao máximo abstrair-me e entender este fenómeno universitário que esta a alcançar cada vez mais adeptos, o de gritar e pular nos bares. Porque será que se expande até aos locais de divertimento o que seria típico de uma claque? Isto intriga-me, principalmente porque pensava que o interesse maior da noite, para muitos, era a conquista, e vejo que, de certo, padrões de conquista mudaram, porque deve haver quem ache sexy estas manifestações de força bruta, por parte dos homens e histerismo por parte das mulheres!
sábado, janeiro 05, 2008
A responsabilidade é de todos
Hoje via um documentário do Sociólogo António Barreto onde um dos empresários com sucesso respondia, e com muita razão, 'O trabalho tem que ser nosso!' Não é o governo, não é isto nem aquilo... Aperceber-se-ão os portugueses que o mundo não tem que mudar para que eles consigam ser ricos? Esta cultura de espera pelo Euromilhões começa a deixar-me um pouco entristecida. Nesta rica espera vivemos atribuindo culpas, normalmente ao que nos é exterior. E, se é bem verdade que o Governo deveria apoiar determinados projectos com outro ênfase diferente do actual, também é certo que não é por não faze-lo que devemos demitir-nos das nossas funções de povo, de sociedade, de pessoas que constroem aquilo que é nosso. O nosso país não é dos outros que têm que mudar, é também nosso! E sendo também nosso há que pensar que somos nós mesmos, os Outros dos vizinhos que pensam o mesmo que nós!
Salamanca
quinta-feira, janeiro 03, 2008
01.01.2008
Não sou de grandes festas no final do ano, prefiro dedica-lo à digestão de todas as emoções fortes do ano que se passou, para começar nova e fresca, para que as novas, vindouras, não possam causar indigestão ou entrar em desacordo com algo que não tenha ficado bem digerido. Gosto de sorrir e estar caladinha nessa noite, tranquila. Este ano que passou foi lindo. Foi dos anos mais emocionantes que poderia ter, ganhei primos e tios, a alegria de saber que ia ser tia, recebi imensas bênçãos, cresci muito, visitei novas terras, perdi pessoas queridas que dormem em paz e que partiram a seu tempo, entrei num novo curso que adoro, encontrei a alegria de conhecer muitos mestres, vi crescer o meu amor… tive um ano muito feliz.
A manhã estava tranquila, ainda me mantinha na cama e ouvia os ruídos lá fora, a porta abriu devagar e o grande sorriso da avó anunciou que a primeira viagem importante do ano não era a nossa, era a de Maria que queria nascer.
Até lá o caminho pareceu-me ainda mais bonito e tranquilo apesar de, na manhã de ano novo, os pássaros fazerem o mesmo de sempre. O vento cantava a mesma música que fazia as folhas dançar nas árvores, as paisagens do Alentejo estavam tão bonitas como sempre as vi, mas eu estava diferente, fazia uma viagem diferente, começava um ano diferente.
Nós chegámos cedo, mas cada minuto era importante para ganhar coragem, para sair e começar de novo, para realmente começar, a Maria levou o seu tempo. Nós esperámos com muita alegria, com muita fé, foi um dia feliz. Às 7 da tarde, nasceu a Maria, vimo-la por volta das 8. Comecei o ano da melhor maneira que poderia começar.
Feliz ano a todos!